sexta-feira, 17 de junho de 2011

Parte do meu céu

Mesmo aqui onde eu posso dizer tudo que penso e sinto,
Mesmo assim, tomo cuidado para não magoar ninguém.
Sei que sou chata, todo mundo tem defeitos, e esse é o meu (um deles).
Já me disseram que o primeiro passo para corrigir um erro, é reconhecê-lo.
Mas, para provar que ser chata não é meu único defeito,
Devo ser burra também, pois reconheço, e não consigo (nem sei se quero) mudar!

Mas Deus é meu amigo!
Ele deve gostar de mim.
Sempre colocou anjos no meu caminho, vários deles!
Uns que eu reconheci mais facilmente. Outros demorei um pouco mais.

Uns precisaram me ferir para que eu os reconhecesse,
mas acredito ter reconhecido todos.
Cada um com sua particularidade.
Cada um com seu jeito de me puxar para a vida!

Falei tudo isso, para que vocês possam entender a função do meu anjo preferido!
Meu amigo-anjo, que se fez meu irmão.
O melhor é que nos escolhemos para tal posto, nos escolhemos irmãos.

Bruno Ribeiro, meu amigo (anjo) Bruninho.
Possui um olhar acolhedor, carismático.
A pessoa mais atenciosa e prestativa que já cruzou o meu caminho.
O mais doce e espontâneo sorriso.

Somos tão diferentes, que daria para escrever um livro das nossas diferenças.
Ele é judeu, eu sou católica (ou espírita, não sei).
Ele tem quase sempre certeza, eu tenho quase sempre dúvidas.
Eu adoro faltar aula para dormir, eu acho que ele nunca faltou.

Ele passa horas na biblioteca, e eu “tomando uma” em algum lugar.
Eu sou vascaína, ele é são paulino.
Ele devora um livro por dia, eu estou a três meses sem ler nenhum.
Eu escrevo errado, acho que ele nunca escreveu errado!

Certo, acho que já deu para entender que somos bem diferentes.
O mais legal é que mesmo assim, temos bons sentimentos no coração.
Acho que é por isso que somos amigos.
Ideologia, crença num mundo melhor!

Cada um buscando esse mundo do seu jeito, mas a busca existe.
Com o fim das aulas sei que vamos nos afastar (espero que não seja muito).
Mas sei que vamos sempre poder contar um com o outro.
Nos reconheceremos em meio a multidão.

Ele me ajudou sempre. Com meus trabalhos da universidade,
puxando minha orelha pelas faltas.
Enviando seus trabalhos para eu tomar como base.
Mandando minha parte pronta do seminário.

Perguntando sempre “Como você está?” - olhando nos meus olhos.
Sempre com o cuidado de ouvir a resposta, sem pressa.
Ligando quando eu mais precisava, mesmo sem saber de nada.
Ele nem sabe que é tão importante pra mim.

Já estou sentindo tanta falta dele.
Do meu amigo, meu irmão, meu anjo da guarda.
Mesmo sem saber se retribuí a altura, obrigada por tudo!
Obrigada só por existir.

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Meu VASCO!

Não é por distração
Nem por opção!

É amor!
É a honra de ter no peito, a Cruz de Malta - símbolo do guerreiro cristão!
É a cruz que, com oito pontas, forma braços em ‘V’.
Braços que amarram a alma, o coração.
Braços que abraçam e agregam a grande família Cruz Maltina.

Todos juntos, numa só corrente, com uma só intenção!
Gritar aquilo que precisamos, queremos e merecemos:
“É Campeão!”

O cinto que não segura a vontade de avançar na tela e participar do jogo.
Nessas horas as boas vibrações dominam os mantos pretos, assegurados pelo tão inseguro cinto.

Ganhamos, gritamos e agora vamos em frente.

Só um desabafo de uma VASCAÍNA apaixonada!

"Sua imensa torcida bem feliz..."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Silêncio Oportuno

Ninguém me perguntou se eu queria.
Se eu concordava ou aceitava.

Simplesmente não me deram opção.

Éramos 10, os melhores juntos.
Algumas vezes fomos mais, outras menos.
Uns com mais afinidades e disponibilidades e outros com menos.
Mas SEMPRE juntos!

Quando brigávamos, nos atrapalhávamos com a vida adulta,
Era uns aos outros que procurávamos, foi assim!

Eu ainda quero assim!

Rafael, Su, Lola, Dera, Delícia, Pedin, Eu, Guh, Danilo e Marie.

São eles, que mesmo quando distantes, eu amo!
Primeiro Su nos deixou, afastou sua chatice viciante do nosso alcance diário.
Pensei que não ia agüentar.
Fiquei frágil.

Dessa vez, Marie, Danilo e nossa mascote linda e doce, MALUZITA.
Estão me doendo dores físicas.

Não quero que eles me deixem,
Eu, que pela minha falta de tempo era sempre a menos presente.
Que sou a chata e mandona (Todas as mulheres citadas aqui, são!)
Que quase nunca me mostro sem máscara,
Que torno a dor oculta aos olhos alheios,
Eu, que para vocês, me fiz tão transparente e previsível.

Eu que corri dessa despedida!
ELES NÃO PODIAM TER IDO!
Não podiam ter nos deixado.

Hoje, tomada pela irracionalidade da saudade.
Não consigo visualizar com nitidez os fatos.
Só que eu não quero perder vocês!

Ontem, no silêncio oportuno, não consegui dizer nada.
Eu teria gritado, implorado pra eles ficarem (o amor é egoísta).
Mas as palavras teimaram eu perder espaço para as lágrimas.

Vocês foram,
E eu já não agüento de saudade!

"Vai sim, vai ser sempre assim! A tua falta vai me incomodar"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Despedidas

Venha na ponta dos pés,
Não faça barulho.

Saiba chegar.
Cuidado para não assustar!

Respeite minhas marcas, meus traumas.
Desrespeite o meu silêncio.

Violente as minhas ordens, mas não todas!
Me deixe mandar, mas que não seja o tempo todo!

Me faça sorrir, só não se faça de bobo.
Não gosto de comédia!

Quando for embora, pode fechar a porta [Devagar]
Tranque e jogue a chave por baixo.

Mas antes de ir, me faça um favor...
Estude as opções, tenha certeza!

Se resolver ficar, não me diga nada.
Recuso as explicações.

Entre, sente e me faça feliz.

“Deixe a gaveta trancada pra eu não ver sua ausência”