terça-feira, 9 de agosto de 2011

Brincadeira de Criança

Ando tão sem tempo
Ando tão fora de mim.
Faço todos aqueles passeios que eu gosto, mas eu nem gosto!
Nem os faço por mim.

Não tenho lido aquele livro que comprei a meses.
Não tenho estados com os meus, aqueles realmente meus.
Não tenho dado gargalhadas de alegria, e sim de cordialidade.
Não tenho sido eu.

Criei um personagem,
Diria até que eu sou esse personagem.
Uma fração de mim é isso.
Uma parte pequena, bem pequena!

Eu gosto de gritar, de brigar.
De manter minha opinião, de não precisar calar.
Gosto de cair no choro sem me conter,
Gosto de não precisar de máscaras.

Sou educada, quase refinada.
Mas adoro quando me esqueço disso.
Adoro ser mutável.
Forte e frágil, no mesmo dia, na mesma frase.

“Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz”
[Confissão]

Meu corpo tem sede
Acorda quase sempre com sede!
Arde de desejo, mas cheio de despeito.
Piso atrás. [MEDO]

Forte, sou forte [Repito]
Por isso piso forte, grito roco.
Não deixo ecoar, grito sempre baixinho.
Para nem você escutar.

“E quando eu não aguentar mais, vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir.”