quarta-feira, 27 de julho de 2011

Meus tantos pecados

Meus tantos pecados
Prefiro os que temem ao meu Deus,
Os que se previnem não fazendo o mau.
Gosto dos que gritam por Ele quando a dor aperta, quando a vitória é grande!
Opto pelos que festejam pela alegria da vida, de segunda a segunda.

Abomino os que se mantêm distantes dos seus procriadores.
Dos que os enaltecem. Eu os humanizo. São próximos.
Meu mais puro elo com meu instinto.
A explicação real das minhas escolhas.

Gosto dos que matam! Agridem seus limites. Rompem as barreiras.
Dos que se deixam penetrar pelas novas experiências e sensações.
Prefiro os que sabem quando mentir, os que se livram das armadilhas da vida.
Gosto dos que cobiçam a mulher do próximo, mas desejam ainda mais a que o espera em casa.

Gosto dos que têm medo da morte
Dos que choram e riem – de verdade
Escolho os que sabem ser metade, mas são inteiros.
Anseio pelos pecadores.

Sou pecadora, me encaixo na arrogância e não com a modéstia;
Inveja e não com o reconhecimento;
Ira e não com a compaixão;
Preguiça e não com a proactividade;
Avareza e não com a generosidade;
Gula e não com a moderação;
Luxúria e não com o equilíbrio;

“Me cobrir de humanidade me fascina e me aproxima do céu (...) Quem se diz muito perfeito na certa encontrou um jeito, insosso pra não ser de carne e osso...”