segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Teus 50 anos


Eu sempre entalo com minhas próprias mágoas
Me esforço para jogá-las para fora de mim.
Cresço, amadureço, acho que dessa vez consigo,
Vejo que essa tentativa é em vão!

Amo, amo muito.
De verdade, com todo meu coração.
Mas sempre volto, cutuco aquela ferida.
Bebo aquele gosto amargo, só para não esquecer!

Corro do amor, corro das lembranças.
Corro desse relacionamento de amor e ódio que nos obrigamos a ter.
Pai!
O que deveria cuidar, amar, proteger.
- Tive que reinventar o significado! -

Apelei pro destino, cresci dez anos em cinco.
Fui forte, ajudei os que não souberam reinventar.
Fizemos-nos um só – três em um!
Esqueci quem era o vilão e o herói na minha história.

Encarei todos os personagens, vivi com sua ausência tão próxima.
Com tua imagem tão real – Quase acreditei que você esteve lá!
Quase aprendi a ser filha – mas tive que ser pai.
Meu pai e pai deles.

Hoje quando te vejo, e faço isso com mais freqüência do que o passado te permitiu fazer,
Percebo que foi você quem mais perdeu.
Ainda assim, ainda que sem palavras ditas, eu te perdôo.
Deixo para traz todas as tuas falsas prioridades.

Perdôo a tua infantilidade tardia, as benfeitorias aos outros!
Tua imaturidade tão egoísta.
E assim, te recebo em meu mundo.
Sendo eu, a mais pura eu!

E que hoje, vestido no mais belo dos teus 50 anos,
O que mais te desejo é que nunca te falte tempo para recomeçar!
Que nunca tenhas vergonha de ser pai, filho e amigo!
Parabéns!

"Por onde andei? Enquanto você me procurava"

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Enfim... FORMADA!

Mesmo sem saber por onde começar, aí vou eu!
Obrigada!
Parece uma palavra simples, mas pra mim não é! Aos que serão citados, ou não, mas que ajudaram na minha formação acadêmica, fica aqui o meu muito obrigada! Partilhar com vocês esse momento de alegria é como “pagar uma dívida”. Realizo hoje (15-12-2011) um sonho, um momento mágico. Não agradeço somente aos que ajudaram na construção do TCC, não seria justo nem comigo, que tão pouco me ajudei.
Agradeço aqui aos que me ajudaram por qualquer segundo no decorrer desses quatro últimos anos. Sentirei saudades. Saudades de um DECOM que não existe mais, de um lugar que fui completamente feliz.
De festinhas no gramado, de jogar dominó ao lado de pessoas maravilhosas, que não ousarei listar. Mas cada um sabe de quem estou falando. De estudar, de virar noites, de conhecer pessoas, olhares...

Começo agradecendo a minha família:
Gabriela, minha irmã e musa inspiradora na comunicação e vida!
Minha mãe, meu PAIdastro, que me levavam e pegavam na UFPB por ter pena de uma pobre universitária, além de patrocinarem meus sonhos ($), obrigada!
Ao meu irmão Joel, sempre tão crítico e incentivador as minhas criações.
Sem deixar de falar na minha Vozinha, que acha que eu sou a dona do mundo, que eu posso tudo!
Ao meu irmão Serginho que mesmo distante sempre torceu por mim.
Ao meu cunhado, Rodrigo Cantalice que é para mim, mais que um cunhado, é um irmão!
Ao meu pai, que com todos os seus atropelos, esteve do meu lado!
Primas, primos - filhos e filhas dos meus primos e primas.
Tios, tias – Em especial a Tia Lívia, que participou do TCC.
Sogra, Sogro e Rodrigo Pacheco – Família linda que eu escolho diariamente fazer parte, e que me ajuda sempre!

Obrigada aos que eu abandonei:
Suzana Sitônio – Chegou a hora minha amiga-irmã, vamos para o Carnaval de Salvador!
Larisse, Amanda, Brenna – Amigas de terreno sólido, que eu amo tanto.
Eloá Amorim – Minha Maridah, que viveu comigo muitas aventuras e emoções.
Suzanna Lima – Minha Monorada que se faz presente em cada segundinho da minha vida, mesmo distante.
Marry e Danilo – Foram embora, mas nunca me deixaram.
Pedrinho – Meu aBor lindo, fez as melhores macarronadas da minha vida acadêmica.
Rafael – Que mesmo enchendo o saco, eu sei que me ama!
Aderaldo Júnior – dispensa agradecimentos. Sempre disponível, eficiente, “paciente” e um professor MARAVILHOSO.
Lukas e Paulinne Pereira – Casal AGRAdável, que nos presentearam com Luquinhas!
Ítalo Hipólito – que com toda sua euforia e amor a comunicação, sempre me ajudou!


Aos melhores companheiros de turma que uma pessoa pode ter, Cuscuz de Mundiça:
Bruno Ribeiro - meu anjo da guarda, meu amigo, meu irmão de alma.
Raíssa Brito, Mellyny Batista, Thamyres Máximo, Iaynã Rabay, Valéria Kátya - que se fizeram essenciais na minha vida.
Rômulo Felipe- A surpresa boa que a UFPB me deu.
Leo Borba – Meu oposto, minha sombra amiga!
Priscilla Durand – Motivadora dessa turma com seus sonhos e desejos.
Gyl Dayanna, Dani, Kallyne, Aline, Luis, Coração, Davi, Ramon.
Obrigada ao Cuscuz de Mundiça! Sem vocês eu não teria conseguido, sem vocês não teria feito sentido. Desculpem pelas manhãs de mau humor, chateação, pelas aulas eu que falava demais.
Desculpem minhas falhas humanas.

 Aos amigos partidários, os que eu chamo carinhosamente de “amigos de ideologia”.
Obrigada por terem tido paciência com minhas faltas, pelos ensinamentos que ao longo do tempo, me fizeram “crescer”. Ao meu querido GOE, até por que: GOE é GOE:
Denise Miranda, Priscilla Gomes, André Lima, Bertrand Souza, Ziza Maia, Mira Maya, Liana Nunes, Rômulo Hallyson, Verônica Ismael, Frâncio Xavier, Aline Cardoso, Joyce Brito e Tibério Limeira.

Um obrigada bem especial ao companheiro Alexandre Urquiza, que no auge da minha dúvida existencial de que curso fazer, me orientou, incentivou e me mostrou um caminho. Graças a ele, conheci meu grande amor: a comunicação. Além de ter me dado a oportunidade de atuar na minha área. Tem como não agradecer?!

Obrigada ao amigo Victor Braga! Paciência, chatice, incentivo, amizade... Obrigada!

E por último ao meu amor, amigo, companheiro, um anjo em forma de namorado - Gustavo Pacheco. Que me agüentou em 45 TPM’s, duas campanhas eleitorais, um milhão de congressos, seminários, e noites de estudo.
Obrigada por não ter desistido de mim.

Obrigada as pessoas maravilhosas que cruzaram o meu caminho, obrigada Deus, destino, universo... Obrigada!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Resistindo...

Quando passei hoje pelo mar, ele gritou meu nome
Tentou me seduzir como em noites anteriores
Queria meu abraço, daquele mesmo jeito
Despida de qualquer preconceito.

Resisti.
Só pra vê se eu conseguia.
Caí no choro depois.
Burra.

Até quando vai continuar abrindo mão do que gosta?
Essa pergunta era tão minha, tão pra mim.
Me recusei a responder, não quero me contar a resposta.
Quero que seja assim, só isso.

Tenho que saber do que gosto, de quem gosto.
Preciso ser sozinha, estar sozinha, ficar só mais um pouco assim
Quero estar cercada por amigos, mas não dizer meu paradeiro a ninguém.
Quero ser só eu, e só.

Quero ser uma hoje, outra amanhã, outra depois, e depois...
Quero ser a mesma todos os dias.
Com as mesmas manias e vícios de sempre.
E o mais importantes deles... o vício de mudar!

Não quero me sentir amada!
Não me ame.
Não me odeie - não me queira por perto.
Me deixe.

“Não me ame tanto
Eu tenho algum problema com amor demais
Eu jogo tudo no lixo, sempre”

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tayopamieta

E logo ele que me fez sorrir com a alma, me pediu perdão.
Eu não o perdoaria jamais.
Não aceitaria que ele mudasse,
Não aceitaria que ele ficasse.

Não se muda um coração tão nobre,
Não se perdoa a quem não te fez mal.
Jamais permitiria que ele mudasse só para ficar comigo,
Só para me ter por mais um pouco.

Ele sabe tudo ao meu respeito, sabe e conhece cada detalhe de mim,
Decifra minhas vontades e gestos com maestria.
Aceita meus sonhos, não questiona.
Eu queria ser questionada.

Queria ser tirada do pedestal, amada como mulher – não como santa.
Vista como sou, cheia de defeitos incuráveis.
Repleta de traumas, por vezes, fora de mim.
Ser santa cansa, ainda mais quando não se é.

Não posso deixar você ficar,
Mas confesso que está doendo te ver ir embora.
Fica mais um pouco, não me peça nada, não fale nada – Silêncio.
Espera eu adormecer.

Acalma minha alma que em pranto não sabe se explicar.
Não me faça promessas, nem me aceite mais como eu sou.
Seja egoísta, se ame mais do que a mim.
Não olhe para trás, me odeie pelo seu tempo perdido.

Guarde com carinho todas as lembranças,
Mas jamais as traga para perto do seu presente, evite comparações.
Seja cada segundo mais feliz do que nós fomos.
Me mate de inveja.

“Amor igual ao teu eu nunca mais terei”

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

18 anos - A maior idade da dor

Eu não lembraria sozinha,
Mas hoje fazem 18 anos que você me deixou.
Aí que raiva!
Raiva da saudade que eu sinto, da falta que você me faz.
Da lágrima que se joga sempre que eu penso em você.

Que dia ruim de lembrar,
Que aperto na minha alma.
Queria que todos os momentos tivessem sido ruins,
Queria nunca ter ouvido você me contar histórias.

Queria que as conquistas da minha infância tivessem sido menos comemoradas,
Que meu dom de ser desastrada tivesse te irritado ao menos uma vez.
Que as tardes de brincadeiras intensas tivessem tido um segundo de desentendimento.
Que saudade.

Saudade por ter sido você o meu pai quando eu tanto precisei ter um.
Por teres segurado a minha mão e me ensinado a pintar as tarefinhas,
Saudade de te ver deitado ouvindo atento ao jogo do vasco,
Dos bolinhos de inhame e toda paciência que vinha com eles.
Saudade de te ter como referência.

Tivemos tão pouco tempo, que injusto!
Passaria horas te ouvindo, te cuidando.
Mas não pude, não deu tempo.

Obrigada vozinho pela infância maravilhosa que tive perto de você!

“Naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim”

domingo, 11 de setembro de 2011

Roteiro CENSURADO!

Já me flagrei triste pela felicidade alheia!
Quase morri de inveja.
Alguém tinha realizado minhas vontades, estado no “meu lugar”.
Vivendo a minha vida.

Quis que desse tudo errado pra ela,
Desejei que tudo pudesse começar do zero,
Só que dessa vez, a protagonista da minha história seria eu.
Eu atuando a minha biografia.

Mas não dava.
Tudo deu certo para a nova protagonista.
Eu até quis sair de cena, mas não consegui.
Acabei me contentando com um papel menor, menos importante.

Me alimento deste papel.
Sobrevivo para ter aqueles poucos segundos de atuação plena.
Escapo por saber que mesmo doendo depois, vale a pena agora.
Querer viver algo intensamente não é pecado, não é errado.

Quero um papel maior, quero ser o motivo da existência.
Viver aquela linda história sonhada e que não foi vivida.
Fazer a história ser real.
Prender a plateia, prender-me!

Despir-me das fantasias dos contos
Viver baseada nos fatos reais, com cenas legítimas.
Não precisa ser inédito, não deve ser perfeito.
Quero cometer erros ao vivo.

Mas tudo tem que acontecer enquanto é tempo
Tudo tem que permanecer em harmonia com a vida real.
Não sei atuar pela metade,
Quero poder amar o par perfeito antes do derradeiro aplauso.

“Quem quer viver bem no presente encontra o seu lugar, seu lugar nos braços do sossego”.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A colecionadora de inimigos

Só aqueles que realmente fizeram a diferença, possuem inimigos.
Não é que use de má fé, ou agrida.
É só quem bate de frente, defende os seus.
Esses possuem inimigos!

Só aquele que sabe o limite e o ultrapassa quando o que está em jogo é a felicidade.
É defender um posicionamento, mesmo que seja preciso troca-lo no caminho.
É se fingir de frágil para matar um leão por dia.
É ser forte o suficiente para se deixar amar.

É querer tanto o bem, que faz o mau.
Não ser compreendida faz parte, e por isso, ganha mais um inimigo.
Mais um, mais um, mais um...
Quero vários inimigos.

Quero uma história nobre por ter adquirido cada um deles em meu currículo.
Quero causas nobres,
Quero mudar o que não se achava possível,
Quero adequar todas as situações.

Tenho desejos coletivos,
Revolucionários!
Quero um mundo melhor, quero o simples e o composto.
Quero ser igual a minha Maria.

Que venham quantos inimigos forem preciso ter,
Não os escolherei, mas me deixarei ser escolhida.
Não tiro minha cara da tapa.
Não tenho medo da luta.
Não entro num duelo em vão.
Não estou disposta a parar...

Se você voltou para o ringe, espero que esteja preparado para perder.
Eu estou disposta a ganhar.
A família Miranda mais uma vez se une contra o mesmo inimigo.
Somos uma fortaleza, e Dona Maria precisa de nós!

"Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho,
eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho"


#ManiaDeTerFéNaVida

Eu quero dançar


Hoje estou triste sim amiga(o).
A alma triste, cansada.
Mas não precisa parar.
Não precisa mascarar a felicidade em prol da minha tristeza.

Quero ver os sorrisos,
Quero perto de mim as almas leves.
Sem mudanças,
Sem mentiras.

Não me perguntem se estou bem,
Não questionem o meu silêncio.
Não queiram explicações pelo meu olhar perdido.
Não se afastem de mim.

Me chamem pra dançar,
Coloquem a música na altura máxima,
Me deixem sem par.
Quero dançar só, solta!

Quero meus amigos, quero a paz que vocês me trazem.
Quero aquele bom e velho abraço apertado,
Quero conversas francas, desabafos espontâneos,
Quero vocês como sempre estiveram...

“Não ligue se acaso meu pranto rolar, tudo bem...”

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Brincadeira de Criança

Ando tão sem tempo
Ando tão fora de mim.
Faço todos aqueles passeios que eu gosto, mas eu nem gosto!
Nem os faço por mim.

Não tenho lido aquele livro que comprei a meses.
Não tenho estados com os meus, aqueles realmente meus.
Não tenho dado gargalhadas de alegria, e sim de cordialidade.
Não tenho sido eu.

Criei um personagem,
Diria até que eu sou esse personagem.
Uma fração de mim é isso.
Uma parte pequena, bem pequena!

Eu gosto de gritar, de brigar.
De manter minha opinião, de não precisar calar.
Gosto de cair no choro sem me conter,
Gosto de não precisar de máscaras.

Sou educada, quase refinada.
Mas adoro quando me esqueço disso.
Adoro ser mutável.
Forte e frágil, no mesmo dia, na mesma frase.

“Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz”
[Confissão]

Meu corpo tem sede
Acorda quase sempre com sede!
Arde de desejo, mas cheio de despeito.
Piso atrás. [MEDO]

Forte, sou forte [Repito]
Por isso piso forte, grito roco.
Não deixo ecoar, grito sempre baixinho.
Para nem você escutar.

“E quando eu não aguentar mais, vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir.”

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Meus tantos pecados

Meus tantos pecados
Prefiro os que temem ao meu Deus,
Os que se previnem não fazendo o mau.
Gosto dos que gritam por Ele quando a dor aperta, quando a vitória é grande!
Opto pelos que festejam pela alegria da vida, de segunda a segunda.

Abomino os que se mantêm distantes dos seus procriadores.
Dos que os enaltecem. Eu os humanizo. São próximos.
Meu mais puro elo com meu instinto.
A explicação real das minhas escolhas.

Gosto dos que matam! Agridem seus limites. Rompem as barreiras.
Dos que se deixam penetrar pelas novas experiências e sensações.
Prefiro os que sabem quando mentir, os que se livram das armadilhas da vida.
Gosto dos que cobiçam a mulher do próximo, mas desejam ainda mais a que o espera em casa.

Gosto dos que têm medo da morte
Dos que choram e riem – de verdade
Escolho os que sabem ser metade, mas são inteiros.
Anseio pelos pecadores.

Sou pecadora, me encaixo na arrogância e não com a modéstia;
Inveja e não com o reconhecimento;
Ira e não com a compaixão;
Preguiça e não com a proactividade;
Avareza e não com a generosidade;
Gula e não com a moderação;
Luxúria e não com o equilíbrio;

“Me cobrir de humanidade me fascina e me aproxima do céu (...) Quem se diz muito perfeito na certa encontrou um jeito, insosso pra não ser de carne e osso...”

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Parte do meu céu

Mesmo aqui onde eu posso dizer tudo que penso e sinto,
Mesmo assim, tomo cuidado para não magoar ninguém.
Sei que sou chata, todo mundo tem defeitos, e esse é o meu (um deles).
Já me disseram que o primeiro passo para corrigir um erro, é reconhecê-lo.
Mas, para provar que ser chata não é meu único defeito,
Devo ser burra também, pois reconheço, e não consigo (nem sei se quero) mudar!

Mas Deus é meu amigo!
Ele deve gostar de mim.
Sempre colocou anjos no meu caminho, vários deles!
Uns que eu reconheci mais facilmente. Outros demorei um pouco mais.

Uns precisaram me ferir para que eu os reconhecesse,
mas acredito ter reconhecido todos.
Cada um com sua particularidade.
Cada um com seu jeito de me puxar para a vida!

Falei tudo isso, para que vocês possam entender a função do meu anjo preferido!
Meu amigo-anjo, que se fez meu irmão.
O melhor é que nos escolhemos para tal posto, nos escolhemos irmãos.

Bruno Ribeiro, meu amigo (anjo) Bruninho.
Possui um olhar acolhedor, carismático.
A pessoa mais atenciosa e prestativa que já cruzou o meu caminho.
O mais doce e espontâneo sorriso.

Somos tão diferentes, que daria para escrever um livro das nossas diferenças.
Ele é judeu, eu sou católica (ou espírita, não sei).
Ele tem quase sempre certeza, eu tenho quase sempre dúvidas.
Eu adoro faltar aula para dormir, eu acho que ele nunca faltou.

Ele passa horas na biblioteca, e eu “tomando uma” em algum lugar.
Eu sou vascaína, ele é são paulino.
Ele devora um livro por dia, eu estou a três meses sem ler nenhum.
Eu escrevo errado, acho que ele nunca escreveu errado!

Certo, acho que já deu para entender que somos bem diferentes.
O mais legal é que mesmo assim, temos bons sentimentos no coração.
Acho que é por isso que somos amigos.
Ideologia, crença num mundo melhor!

Cada um buscando esse mundo do seu jeito, mas a busca existe.
Com o fim das aulas sei que vamos nos afastar (espero que não seja muito).
Mas sei que vamos sempre poder contar um com o outro.
Nos reconheceremos em meio a multidão.

Ele me ajudou sempre. Com meus trabalhos da universidade,
puxando minha orelha pelas faltas.
Enviando seus trabalhos para eu tomar como base.
Mandando minha parte pronta do seminário.

Perguntando sempre “Como você está?” - olhando nos meus olhos.
Sempre com o cuidado de ouvir a resposta, sem pressa.
Ligando quando eu mais precisava, mesmo sem saber de nada.
Ele nem sabe que é tão importante pra mim.

Já estou sentindo tanta falta dele.
Do meu amigo, meu irmão, meu anjo da guarda.
Mesmo sem saber se retribuí a altura, obrigada por tudo!
Obrigada só por existir.

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Meu VASCO!

Não é por distração
Nem por opção!

É amor!
É a honra de ter no peito, a Cruz de Malta - símbolo do guerreiro cristão!
É a cruz que, com oito pontas, forma braços em ‘V’.
Braços que amarram a alma, o coração.
Braços que abraçam e agregam a grande família Cruz Maltina.

Todos juntos, numa só corrente, com uma só intenção!
Gritar aquilo que precisamos, queremos e merecemos:
“É Campeão!”

O cinto que não segura a vontade de avançar na tela e participar do jogo.
Nessas horas as boas vibrações dominam os mantos pretos, assegurados pelo tão inseguro cinto.

Ganhamos, gritamos e agora vamos em frente.

Só um desabafo de uma VASCAÍNA apaixonada!

"Sua imensa torcida bem feliz..."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Silêncio Oportuno

Ninguém me perguntou se eu queria.
Se eu concordava ou aceitava.

Simplesmente não me deram opção.

Éramos 10, os melhores juntos.
Algumas vezes fomos mais, outras menos.
Uns com mais afinidades e disponibilidades e outros com menos.
Mas SEMPRE juntos!

Quando brigávamos, nos atrapalhávamos com a vida adulta,
Era uns aos outros que procurávamos, foi assim!

Eu ainda quero assim!

Rafael, Su, Lola, Dera, Delícia, Pedin, Eu, Guh, Danilo e Marie.

São eles, que mesmo quando distantes, eu amo!
Primeiro Su nos deixou, afastou sua chatice viciante do nosso alcance diário.
Pensei que não ia agüentar.
Fiquei frágil.

Dessa vez, Marie, Danilo e nossa mascote linda e doce, MALUZITA.
Estão me doendo dores físicas.

Não quero que eles me deixem,
Eu, que pela minha falta de tempo era sempre a menos presente.
Que sou a chata e mandona (Todas as mulheres citadas aqui, são!)
Que quase nunca me mostro sem máscara,
Que torno a dor oculta aos olhos alheios,
Eu, que para vocês, me fiz tão transparente e previsível.

Eu que corri dessa despedida!
ELES NÃO PODIAM TER IDO!
Não podiam ter nos deixado.

Hoje, tomada pela irracionalidade da saudade.
Não consigo visualizar com nitidez os fatos.
Só que eu não quero perder vocês!

Ontem, no silêncio oportuno, não consegui dizer nada.
Eu teria gritado, implorado pra eles ficarem (o amor é egoísta).
Mas as palavras teimaram eu perder espaço para as lágrimas.

Vocês foram,
E eu já não agüento de saudade!

"Vai sim, vai ser sempre assim! A tua falta vai me incomodar"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Despedidas

Venha na ponta dos pés,
Não faça barulho.

Saiba chegar.
Cuidado para não assustar!

Respeite minhas marcas, meus traumas.
Desrespeite o meu silêncio.

Violente as minhas ordens, mas não todas!
Me deixe mandar, mas que não seja o tempo todo!

Me faça sorrir, só não se faça de bobo.
Não gosto de comédia!

Quando for embora, pode fechar a porta [Devagar]
Tranque e jogue a chave por baixo.

Mas antes de ir, me faça um favor...
Estude as opções, tenha certeza!

Se resolver ficar, não me diga nada.
Recuso as explicações.

Entre, sente e me faça feliz.

“Deixe a gaveta trancada pra eu não ver sua ausência”

domingo, 29 de maio de 2011

Que venha a tempestade...

Não quero pingos escassos,
Quero a maior das tempestades.

Minha sede não era pequena, você sabia.
Não era simples, e isso você também sabia.

Não era de água.
Essa eu sei onde buscar, sei até transformar.

Não era de corpo.
Esse, que é tão inexpressivo.
Revela tanto e tão pouco de mim
Mostra uma fragilidade esquecida, uma realidade fingida.

Já minha alma, esta estava sedenta.
Das mais belas palavras, gestos, carinhos e cuidados.
Sedenta de um fato inventado, de mais uma mentira orquestrada pela minha louca vontade de ser feliz.

Querendo beber pelo corpo o que afogaria a alma.
Asfixiar meus fantasmas mais ocultos, no mais excessivo beijo.

Minha sede, de conhecimento próprio, me traiu.
Me fez cometer o mais perigoso dos crimes.
Entreguei meu manual secreto.
Quis me conhecer, me mostrando a você.

Nem me permito ser a mesma que me mostrei,
Tampouco me deixo ser relida.

Manterei meu guarda-chuva FECHADO a espera da tempestade!

“Mas há males na vida que vem para o bem"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Alarme

Me faço
Refaço
Me reconstruo dos cacos
Saio de fininho
Chego chegando.

Me recolho para ressurgir mais forte!
Não piso em ninguém, salvo as exceções!
Estudei as regras, as estratégias, mas só as uso quando necessário

Não faça por onde ser necessário!

Me sinto anjo, com asas e tudo que tenho direito.
Um anjo imaturo, mas que sabe a hora de ensinar.
A hora chegou.

"Eu não sou do mau, nem do bem..."

domingo, 1 de maio de 2011

Manual

Eu não gosto de colocar os pés no chão quando acordo
Uso quatro tipos de sabonete, dois de shampoo e um de condicionador durante o banho,
Adoro ficar horas me ensaboando.
Uso duas toalhas.

Escovo os dentes bem devagar.
Seco a franja todos os dias a mais de cinco anos.
Passo creme de pentear até meus cachos se agradarem.
Escolho a roupa que vou usar com um dia de antecedência e dificilmente mudo de opinião.

Adoro ficar de frente pro espelho quando ainda estou sem roupa.
Relógio, brinco, colar, pulseira.
Não gosto de esperar.
Não gosto de ter que repetir o que eu já disse.

Adoro ser surpreendida positivamente.
Adoro falar no telefone, mas confesso que tenho exagerado.
Amo conseguir tempo para me distrair com meus amigos.
Prefiro não me arrumar nos finais de semana.

Adoro política e tudo que vem com ela.
Amo meu quarto, adoro ficar sozinha nele.
Adoro meus cabelos, meu corpo e até meu nariz.
Passo álcool em gel centenas de vezes, por dia, nas mãos.

Tenho dois tipos de hidratante na bolsa, passo o tempo todo.
Não uso perfume todos os dias, mas uso todas as noites antes de deitar.
Não sei dormir sem tomar banho, passar hidratante, perfume.
Durmo com quatro travesseiros, dois lençóis.

Detesto escuro, tenho medo. A TV dorme ligada!
Adoro ficar horas ajudando quem amo.
Odeio bagunça, mas adoro bagunçar. Tenho sempre que me dedicar a reorganizar.
Amo comprar roupas, mas sempre que as compro, me livro de outras.

Adoro meus quarenta pares de calçado.
Detesto que me alise. Quer fazer carinho? Aperte, toque, sinta!
Sou apaixonada por foto.
Adoro dançar, cantar (mesmo desafinada).

Bebo, mas pouco!
Detesto rótulos, já entendi que eles são mutáveis.
Adoro comunicação, adoro muito mesmo.
Sofro com futebol, perco o sono, choro, comemoro (meu time não tem ajudado).

Geralmente estou feliz.
Não sei se faço tudo que amo, ou se aprendi a amar tudo que faço, mas o amor existe.
Adoro filmes que me façam chorar.
Não gosto de comédia.

Adoro dormir na cama com meus pais.
Adoro colocar quem amo pra dormir.
Amo Bossa Nova, MPB e Samba.
Odeio ficar no silêncio, mas detesto barulho

Tenho TPM, e nelas, tudo acima citado, fica sujeito a alterações.
Sou isso, aquilo e mais aquele outro tanto já dito.
Não adianta decorar nada do que está aqui, elas mudam muito rápido.
Como um raio.


"Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou, e uso as palavras de um perdedor..."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu ainda odeio branco...

Minha metamorfose é involuntária,
Foi por isso que deixei aquelas páginas em branco.
Não quero descrever aquele momento,
Não quero reviver o que passou.

Aquela luz azul que me mostrava o céu.
Aquele velho coração que nem sabe bater,
Num descompasso, tão desritmado que me fez errar o passo ensaiado.

As páginas ficarão em branco,
Minha memória vai me satisfazer.
Quando minhas lembranças me traírem,
Vão me restar as marcas em meu corpo, elas vão me bastar.

Quando as páginas amarelarem,
Minha saudade me atraiçoar,
Vou querer ler as páginas que, em branco, me contarão minha história.

Lembrem-se: Eu odeio branco!!!

“Confesso acordei achando tudo diferente...”

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O rato roeu...

...o queijo do rei!

Um belo dia, o Rei esqueceu seu lindo queijo, em cima da mais bela mesa já posta em seu reinado.
Era um queijo muito amarelo, muito cheiroso e aparentemente saboroso.
Sem saber o Rei, que logo ali abaixo, um “Rato de Bueiro”, salivava a distancia, pensando nos pedaços do queijo que pudessem vir a cair.
Passaram-se dias e nada do Rei tocar o queijo.
O “Rato de Bueiro”, sendo ele muito esperto, sobe na mesa e sorrateiramente rouba o queijo.
Leva depressa para seu lar, prepara um lugar especial para começar a degustação. Idolatra aquele queijo como a um troféu. A maior conquista do malandro Ratinho.
Quando toma coragem de partir o queijo ele se frustra. Não gosta do seu sabor, acha forte, salgado. Chateado, deixa seu lindo troféu de lado e volta a comer o lixo do bueiro.
Enquanto isso, no castelo do Rei...
Todos estão mobilizados a procura do mais caro e belo queijo já produzido. Esquadrões mobilizados, população em euforia. Era um queijo raro, para poucos.
Os outros ratos, sabendo dessa movimentação, passam a venerar aquele tal “Rato de Bueiro”, que havia sido tão ousado.
A impetuosidade do Ratinho faz com que ele seja agora, o mais popular entre os seus.
Ele é esperto, não sabia onde ia chegar, mas sabia o que queria.
Logo se mudou, foi para um lugar mais limpo, com uma vista privilegiada. Levando sempre com ele o seu troféu, claro.
O Rei, ainda na esperança de encontrar o queijo que havia prometido a sua Rainha, mantém seus homens nas ruas na constante busca ao tão precioso bem.
O queijo, agora não tão mais novo e bonito, já não enfeitava a luxuosa casa do “Rato de Bueiro”. Fungos deixavam seu aroma ainda mais intenso. O Ratinho resistiu dias com aquela situação, a fama conquistada valia o sacrifício. Mas não durou muito. Cansado daquele cheiro que já incomodava até os vizinhos, resolve jogar o queijo no lixo.
Dia de festa no reino.
O queijo voltou!!!
E agora já estava no ponto. O Provolone que o Rei tanto quis dar a sua Rainha, finalmente estava pronto.
E o Rato?
Diante da grandeza da festa que o Rei promoveu em comemoração ao acontecido, o Ratinho ficou esquecido, diminuído.
E em seu discurso, o Rei agradece àquele que, mesmo roubando seu queijo, o preparou, e manteve intacto para o grande dia!

Obrigada aos Reis, Rainhas e “Rato de Bueiro” da minha vida!
Meu queijo está no ponto.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Escravos

Tenho pena dos acorrentados,
Dos que não se jogam em si.
Dos que tentam, mas nunca saberão se conseguem.

Não é que eles desistam, é que eles não vão até o estremo.
Não se permitem.
Não são felizes.

Eu me jogo, vou além daquilo que se chama limite.
Dou gargalhada, corro grito.
Choro quando dói.

[Geralmente dói]

Mas é por isso que eu me jogo.
Essa aflição me leva pra frente,
Impulsiona meus objetivos.

É sempre com o desejo de não errar mais, que eu vou continuar errando.
Movida pela pretensão de que um dia eu vou fazer dar certo.
Vou fazer o “eu”, virar “nós”.

[Vamos]

Quero arder.
Cobiçar tudo que sufoque minha alma na alegria de ser.
Existir em mim.

“Vou sendo como posso, jogando meu corpo no mundo”

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Retratos

E tudo estava lá, do mesmo jeito.
Tudo parecia estar a minha espera.

[Respirei]

Segui.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tarefa de Casa

Ele sabe...

que eu corro quando chego na porta de casa,
que eu não gosto de andar “perto do murinho”
a minha cor preferida,
a música que eu choro,
cada curva do meu corpo,
lugares que me trazem lembranças,
quem é a pessoa que eu mais amo, e aquela que eu não gosto.

Sabe quando eu estou mentindo.
Quando eu não quero ir, e quando eu quero muito ir.
Sabe dar AQUELA massagem,
Agradar a família,
Meu sorvete preferido.

Sabe que eu odeio esperar.
Sabe a posição do ventilador para não me incomodar,
Sabe que eu adoro passar horas no twitter,
Sabe que eu adoro ver filmes que me faça chorar.
Sabe a rádio que eu gosto de ouvir quando entro no carro.

Sabe que eu detesto...
Comer verdura,
Me arrumar dia de sábado,
Levantar de madrugada para beber água (ele quem vai),
Mentira, puts! Ele sabe como eu odeio!

Ele sabe tanto, que parou de perceber as coisas mutáveis.
Parou de prestar atenção nos detalhes.
Parou de me notar.

“Você vinha dando sinais, e eu nem vi...”

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ode aos Amantes

Façam hoje uma grande fogueira, comecem a incendiar um a um.
Comecem pelos bisnetos, netos e filhos de amantes – Filhos feitos com paixão e tesão.
Arranquem os amantes do seu fantasioso mundo encantado e joguem na fogueira, mas afastem-se rápido – Amantes causam combustão.
Queimem suas folhas recheadas de versos prontos para fazer mais uma vítima.
Joguem fora suas violas com extenso currículo de serenatas.
Aniquilem-os.
Salvem as mulheres de si mesma, salvem-as desse prazer de se libertar, ou vocês jamais conseguiram mantê-las prezas.
Salvem as gerações de mulheres infelizes e frígidas.
Salvem-as dos amantes e dos amores.
Preservem-as como sempre foi, numa prisão.
Sejam vocês, em um só, o nosso amor, amante e amigo.
Peguem na nossa mão como uma dama, mas nos arranquem a roupa como uma mulher.
Aceitem a Amélia e a Gabriela vestidas na mesma pele, mesmo quando for necessário que uma delas se afaste.

Vestir e cuidar...
Despir e amar...
Cuidar e despir...
Amar e vestir.

“O nosso amor é uma mentira que a minha vaidade quer...”

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Outdoors

Sabe quando a vontade é ficar só?
Se esconder do mundo e não ter que responder coisas do tipo:
- O que fez com seu cabelo hoje?
- Seu sorriso anda triste...

Queria que as 68 mensagens se transformassem em outdoors e assim as explicações seriam desnecessárias.
Todo mundo merece a chance de um recomeço. Ir para um lugar bem longe, mas muito longe.
Onde o vento fosse diferente, o rumo do mar fosse atraente.
Queria que as dúvidas que têm me cercado resolvessem me atolar de certezas – Meus duros 22 anos.
Se eu já senti isso antes, eu nem sei. Sei o que sinto agora, hoje!
Sei quem sou nesse instante, não no próximo.
A minha vontade de frear, me faz pisar forte no acelerador – Adoro dirigir!
O que eu quero tem nome, forma, cor e sorriso, muito sorriso.
O que eu quero tem ritmo, meu doce ritmo, mais novo que a Bossa.
O que eu sou hoje é o que eu quis, somado ao que eu ainda quero.
A soma da minha profunda raiz com a tal ilha deserta que tanto me encanta.
Tudo aquilo que não me permite ir embora, é exatamente o que me expulsa daqui.
O meu anseio de me preservar, me faz pular de cabeça.
Só não serei injusta, não agora, não comigo, não dessa vez.

“ As vezes me preservo, noutra suicido...”

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mania de não gostar de branco

Me dá logo uma louca vontade de juntar letras, contar contos.
Quero logo espalhar ao mundo o sentimento que ronda meu coração, seja ele qual for, por quem for.

Quero logo pedir colo ao branco, contamina-lo com minhas confusões.
Suja-lo com as dúvidas e certezas de cada parte fragmentada que me forma.

Quero em azul, vermelho e preto, colorir minhas incertezas no branco.
Colorir cada palavra, me deixem pintar o 7.

O sentimento mais forte que sinto agora, nesse segundo, é a saudade.
Saudade das borboletas, do suspiro, do toque.

Saudade de estar presa nesses braços, nos meus braços que te abraçam.
Não conseguiria traduzir aquele gosto, aquele gostar.

Me jogar do abismo, não olhar para baixo. Cair de pé.
Cair com os sonhos ainda nas mãos, intactos.

Tornar inatingíveis vocês três que formam um.
O que me traz certezas, o que me traz conflitos, e o que me traz.


“Quanto querer trago em meu coração...”

Tenho Marcas.

Do tempo, da luta, da fuga.
Tenho marcas do sangue, do DNA, da alma.

Tenho as marcas que eu quis marcar em mim, tenho três.
Tenho meus três amores, amigos, companheiros, que costumo chamar de irmãos.
Minhas ESTRELAS, muitas vezes tortas, muitas vezes guias.

Tenho em mim a paixão pela música, mesmo tendo o peito dos desafinados.
A minha CLAVE afinada, somada ao meu SOL radiante. Meu pai e minha mãe.

Tenho o meu ardor, o ápice da mudança menina X mulher.
O grande encontro comigo, a quebra dos meus preconceitos.
A PIMENTA vermelha, como se ela pudesse me expulsar de mim.

(...)

Não estava me sentindo leve o suficiente para escrever aqui, nesse lugar tão meu.
Tive receio dos meus sentimentos, sempre tão expostos, gerarem expectativas ou coisas do tipo.
As pessoas têm mania de querer interpretar além do que se lê.
E o que eu quero dizer, é exatamente o que eu digo, sem entrelinhas.

Eu ouvi mais uma vez o som do coração.
Aquele descompassado que me faz querer ser, ao menos por um dia, poeta.
Só para conseguir escrever algo que rime com tamanho descompasso.

Sinto vontade de sambar, só para rimar.
Mas meu ritmo sempre foi a Bossa, a mais nova Bossa.
Faço um Samba com a Bossa, fecho bem os olhos, e me ponho a dançar.

Eita que coisa difícil de rimar.
Que história complicada de escrever.
Que sentimento arriscado de explicar.
Vou me calar.

Mais uma marca, mais um pedaço de exposição.
Mais um texto confuso.

“Bem no compasso, bem junto ao passo”

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mais um ponto final.

Saí hoje do trabalho com lágrimas nos olhos, uma sensação de que estou deixando para traz a oportunidade mais fiel, a minha imagem, que já me foi dada.

Conheci pessoas maravilhosas. A mais travesti, a mais experiente, a mais dengosa, a mais “doente”, a que mais se destaca, a mais inteligente, a mais rebelde, a mais calada, a mais querida, a que queria me ver pelas costas, Hehehe.

Gostei de todas, protegi todas. Cuidei como filhas, me deixei cuidar.
Ensinei com paciência e cuidado. Aprendi com sabedoria e boa vontade, muita boa vontade.

Deixei as portas abertas, não a do trabalho, mas as das amizades. As dos corações.
O melhor de tudo é sair sabendo que dei o meu melhor, que fiz o que pude. Fui anjo.
Há, eu adoro ser anjo.

Não vou me expor, nem expor ninguém dizendo isso ou aquilo.Por não saber explicar, acabaria por magoar pessoas que eu quero levar comigo pra sempre.

Eu precisava sair, eu precisava ver o mundo por outra janela.
Precisava ver outros rostos, ser vista por outros olhos.
Só eu sei o quanto eu precisava.

Vou sentir saudades desse mundo que eu conheci e aprendi a amar, vou sentir saudade do trabalho e ainda mais das pessoas.

De receber ligações de pedidos de ajuda, e ajudar.
De ligar pedindo ajuda, e ser ajudada.

Obrigada a tod@s que fizeram desses dois últimos meses, os melhores.
Obrigada a Adriana, Dany, Hiêda,Elisângela, Karlynda, Gabi, Leandro, Tito, Nivânia, Geane, Dona Olga, Dona Maria, Seu Zé Carlos e a minha amiga, Liana Nunes.

quarta-feira, 2 de março de 2011

4ª feira sem fogo

Hoje é dia de se fantasiar!
Mas vou me fantasiar de que?

Pensei em realizar um sonho de infância, em relembrar uma época.
Vestir aquela linda roupa de bailarina.
Saltar para todos os lados, cheguei a sonhar.
Um tutu branco com uma linda Sapatilha de Ponta,
como antes, como naquele tempo...

Parei. Cobraria de mim uma perfeição que me sinto incapaz de alcançar agora.
E na hora em que visse toda magia acabar,
a platéia não aplaudir.
não iria segurar as lágrimas.
Mas ora! Bailarinas não choram!

Mudei então de fantasia.

Pensei em palhaço, o mais belo e colorido palhaço.
Vestido em cores fortes, cada uma por um motivo.
Vermelho, amarelo, azul, verde e laranja, muito laranja.

Mas, novamente tive medo.
Não adianta me chamar de medrosa, todos teriam.
Medo de assustar a criança tranqüila que olhava da janela.
Medo de assustar a fantasia com as marcas que trago em mim.
Não poderia deixar que a fantasia desistisse de mim - Desisti dela.

Mudei então de fantasia.

Pensei na Colombina. Pareceu-me a melhor idéia!
Mas me faltava um Pierrot.
Me faltava coragem de ser a ponta maior desse triângulo imperfeito.
Me faltava a coragem de arriscar o amor que sentiam por mim.
Faltava a parte corajosa de mim.
Entristecer um Pierrot não iria alegrar a minha alma,
Mesmo gostando mais do Arlequim.

Acho que vou vestida de mim,
Vestida na roupa despida de explicações.
Uma eu puramente eu.
Sem cores, ou pontas.
Perdoem a fraqueza, mas...

"Só me fantasio do que venho a ser..."

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vontade de Chorar

Tem dias que a dor é de apertar.
Ser intensa demais tem dessas coisas.
De tanto me jogar de cabeça um dia ela cai fora.

Nem vou ligar.
Vou ter a desculpa perfeita pra me perder de mim,
pular pra fora dessa prisão que eu criei.
Gritar bem alto, na intenção de que ninguém me escute.
Que ninguém me pare, me prenda.

Queria arrancar esse aperto,
poder dizer o real motivo da minha dor,
da minha mágoa.

Me calo,
não quero deixar escapar da minha boca essa dor lastimável.
quero me obrigar a sofrer calada.
Pagar pelo meu erro.

Já me disse que eu não posso agir por impulso.
E ainda assim eu fiz?
É, acho mesmo que não foi por impulso.
Foi pensado,
Mais do que isso, foi sonhado.

Tenho a esperança de ter aprendido, mesmo sabendo que não.
Tomei a decisão errada e quis.
Agora que tomei a certa, não quero.

Tenho mesmo que me manter presa a mim, mesmo querendo me perder?

“As vezes me preservo, noutras suicido...”

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Contos da Carochinha

Hoje, não por acaso, acordei com vontade de explicar o que significa, para mim, a verdade.
Alguns estudiosos questionam a verdade, e a verdade absoluta.
Eu questiono a moral, a ética. Principalmente a lealdade.

"A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão."

Nem descarto esse significado, sou fiel ao meu padrão e conceitos, que foram criados baseado nos padrões sociais.
Quando digo que vou fazer, eu faço.
Quando eu juro ser leal, eu sou.
E o que me faz sentir mais especial, se eu prometer dizer eu a verdade, eu o farei!!!

Sou adepta a verdade, ao compromisso com nós mesmo, refletido no próximo.

Precisei desabafar (por mais que pareça estranho).
Fui mais uma vez vítima das minhas escolhas erradas, por me cercar por pessoas ainda não evoluídas,
Pessoas que usam do único artifício que tem, a mentira, para pareceram mais atraentes.
Eu, erroneamente, me deixei encantar mais uma vez por isso.

Nem posso garantir que foi a última, mas garanto que as marcas eu levarei comigo.

"Hoje eu trago apenas uma pedra no meu peito..."

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meu espelho

Hoje quando me olhei, nem me reconheci.

Sabe aquele jeito bravo, todo desaforado, cheio e ideologias escritas na testa?

Não estavam lá!

Os cabelos sempre tão rebeldes, hoje estavam domados.

As roupas folgadas, meio hippie, agora trocadas pelas tais “roupas de adulto”.

Me assustei quando me vi. Quanta diferença!



E o pior é não ter certeza de qual parte de mim eu gostava mais.

Se dessa que eu perdi no tempo, ou dessa que eu me tornei (ou me tornaram, não sei!)

Quero ir ao salão de beleza.

Rebelar meus cabelos,

Pintar as unhas de vermelho e não dessa cor, que me disseram ontem, era estilo: “Fernanda Montenegro”.

Quero roupas folgadas, ideologia na cara.

Quero a cara pintada.



Quero uma parte minha que eu deixei não sei onde.

Preciso somá-la a mim.

Quero ser essa que me tornei, com um pouco mais de cautela, paciência e até malandragem.

Quero ainda mais a moleca, que fala o que pensa, que não tem medo de nada.



Quero banho de chuva,

Andar sem medo na rua.

Quero não só meus 22 anos, quero cada ano.



A minha vontade de ganhar o mundo que eu tinha quando ainda nem sabia explicá-la, essa eu ainda tenho, dessa, eu não me separo.


“Que a minha vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço”.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Por favor não vá ainda"

Desde que eu sou criança ela já tem em sua pele as marcas das histórias vividas,
História bela, de coragem e força, que me foi confiada em uma noite sem luz.
A mais bela mulher que meus olhos tiveram o privilégio de ver, com o mais lindo sorriso, e a maior vontade de viver.

Nunca me pegou no colo para contar em segredos coisas sobre seu amor, seja por mim, ou pelos mais próximos;
Nunca me colocou pra dormir me contando contos, nem me enchendo de beijos;
Nunca me falou das fraquezas e medos;
Nunca me deixou só.

Cuidou-me e amou com todo seu coração.
Confesso que tinha medo. Sua personalidade era tão forte que afastava os menores.
O medo foi dando espaço à admiração e assim rompi as barreiras do seu receio de amar.

Hoje as expressões estão mais fortes, as marcas mais evidentes, as cicatrizes ainda abertas estão à mostra.
Seu olhar já flutua em meio as nossas conversas, suas mãos estão sempre em busca de uma audição melhor.
Só eu sei o quanto me dói, o quanto eu queria poder passar a força que ela me ensinou a ter, toda de volta para ela.
Ainda não estou preparada para levar a vida sem ela.
Também não estou preparada para vê-la sentir tanta dor.

”Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fá na vida”.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

2 em 1

Trago em mim a força do 2.
É, pode não parecer fácil de entender, mas é!
Sempre fui par, nasci pra ser dois.
Ainda na barriga já era assim. Eu e meu irmão, que só eu conheci.

Sou, da minha mãe, a filha mais nova.
A que deveria ser mais frágil, e sou,
A que deveria dar mais trabalho, e dei,
A que deveria cuidar mais, e cuido.
Cuido mesmo, como já disse, nasci para ser par.

Deus, ou chamem como quiser, não me quis par do meu primeiro par.
Ganhei assim a opção de escolher um novo par. Escolhi.
Escolhi a metade mais perfeita de mim, assim me conheci inteira.
Escolhi a mais frágil, e me fiz forte;
A que mais me dá trabalho e me vi ainda mais forte.
Foi assim que escolhemos uma a outra e caminhamos juntas.
Curtimos o nosso amor, a nossa afinidade e aquilo que chamamos de TRANSMIMENTO DE PENSAÇÃO.
Somos irmãs, mãe e filha, comadres, colegas de trabalho e principalmente amigas.
Uma pela outra, sempre.

Até quando nas raivas de crianças, brigávamos e nos batíamos (ela em mim),
Até nesse instante, nos amávamos.
O mais lindo do amor, o mais recíproco, o mais fiel.
Sem pedir nada em troca, sem cobrar nada.
Quer dizer, cobramos apenas as promessas de infância.
Coisas como:
-"Vou ser madrinha do seu filho."
-"Quando eu morrer cuida do que for meu."

Promessas jamais esquecidas.
Para que vocês possam entender quem sou eu, entender cada parte minha, eu precisava falar desse amor, precisava falar dela, Gabriela Azevedo Hardman.

“Se eu pudesse escolher outra forma de ser, eu seria você”
“De todo amor que eu tenho, metade foi tu quem me deu”

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ainda nem sei.

Mesmo sem saber como, nem por onde, resolvi começar.
Sem pretensões maiores, sem metas. Com a ideia apenas de relatar a mim, coisas sobre um 'eu' que um dia esquecerei.
Gosto de reler, reviver sentimentos.
Gosto de bilhetes em pedaços de papel entregues ao acaso, gosto dos detalhes, das pequenas coisas, das mais fáceis de esquecer.
Gosto de ouvir aquela música, de sentir aquele cheiro, de vestir a mesma roupa que usei naquele dia lindo.
Gosto daquele abraço, daquele jeito.
Gosto quando escuto um música nova, sinto uma fragrância recém lançada, visto uma roupa da moda, conheço uma nova pessoa, e descubro um novo jeito.
Gosto ainda mais de me despir de mim, dos conceitos que eu criei, da forma que eu pensei.
Gosto de planejar, só pra ter o gostinho de (re)planejar.
Farei desse espaço meu abrigo, meu leito, meu confessionário.
Não esperem nada de mim, não criem expectativas.
Não me cobrem nada, mas dedicarei parte do meu tempo a esse novo projeto sem metas.


"Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada"