quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Resistindo...

Quando passei hoje pelo mar, ele gritou meu nome
Tentou me seduzir como em noites anteriores
Queria meu abraço, daquele mesmo jeito
Despida de qualquer preconceito.

Resisti.
Só pra vê se eu conseguia.
Caí no choro depois.
Burra.

Até quando vai continuar abrindo mão do que gosta?
Essa pergunta era tão minha, tão pra mim.
Me recusei a responder, não quero me contar a resposta.
Quero que seja assim, só isso.

Tenho que saber do que gosto, de quem gosto.
Preciso ser sozinha, estar sozinha, ficar só mais um pouco assim
Quero estar cercada por amigos, mas não dizer meu paradeiro a ninguém.
Quero ser só eu, e só.

Quero ser uma hoje, outra amanhã, outra depois, e depois...
Quero ser a mesma todos os dias.
Com as mesmas manias e vícios de sempre.
E o mais importantes deles... o vício de mudar!

Não quero me sentir amada!
Não me ame.
Não me odeie - não me queira por perto.
Me deixe.

“Não me ame tanto
Eu tenho algum problema com amor demais
Eu jogo tudo no lixo, sempre”

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tayopamieta

E logo ele que me fez sorrir com a alma, me pediu perdão.
Eu não o perdoaria jamais.
Não aceitaria que ele mudasse,
Não aceitaria que ele ficasse.

Não se muda um coração tão nobre,
Não se perdoa a quem não te fez mal.
Jamais permitiria que ele mudasse só para ficar comigo,
Só para me ter por mais um pouco.

Ele sabe tudo ao meu respeito, sabe e conhece cada detalhe de mim,
Decifra minhas vontades e gestos com maestria.
Aceita meus sonhos, não questiona.
Eu queria ser questionada.

Queria ser tirada do pedestal, amada como mulher – não como santa.
Vista como sou, cheia de defeitos incuráveis.
Repleta de traumas, por vezes, fora de mim.
Ser santa cansa, ainda mais quando não se é.

Não posso deixar você ficar,
Mas confesso que está doendo te ver ir embora.
Fica mais um pouco, não me peça nada, não fale nada – Silêncio.
Espera eu adormecer.

Acalma minha alma que em pranto não sabe se explicar.
Não me faça promessas, nem me aceite mais como eu sou.
Seja egoísta, se ame mais do que a mim.
Não olhe para trás, me odeie pelo seu tempo perdido.

Guarde com carinho todas as lembranças,
Mas jamais as traga para perto do seu presente, evite comparações.
Seja cada segundo mais feliz do que nós fomos.
Me mate de inveja.

“Amor igual ao teu eu nunca mais terei”

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

18 anos - A maior idade da dor

Eu não lembraria sozinha,
Mas hoje fazem 18 anos que você me deixou.
Aí que raiva!
Raiva da saudade que eu sinto, da falta que você me faz.
Da lágrima que se joga sempre que eu penso em você.

Que dia ruim de lembrar,
Que aperto na minha alma.
Queria que todos os momentos tivessem sido ruins,
Queria nunca ter ouvido você me contar histórias.

Queria que as conquistas da minha infância tivessem sido menos comemoradas,
Que meu dom de ser desastrada tivesse te irritado ao menos uma vez.
Que as tardes de brincadeiras intensas tivessem tido um segundo de desentendimento.
Que saudade.

Saudade por ter sido você o meu pai quando eu tanto precisei ter um.
Por teres segurado a minha mão e me ensinado a pintar as tarefinhas,
Saudade de te ver deitado ouvindo atento ao jogo do vasco,
Dos bolinhos de inhame e toda paciência que vinha com eles.
Saudade de te ter como referência.

Tivemos tão pouco tempo, que injusto!
Passaria horas te ouvindo, te cuidando.
Mas não pude, não deu tempo.

Obrigada vozinho pela infância maravilhosa que tive perto de você!

“Naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim”