domingo, 29 de maio de 2011

Que venha a tempestade...

Não quero pingos escassos,
Quero a maior das tempestades.

Minha sede não era pequena, você sabia.
Não era simples, e isso você também sabia.

Não era de água.
Essa eu sei onde buscar, sei até transformar.

Não era de corpo.
Esse, que é tão inexpressivo.
Revela tanto e tão pouco de mim
Mostra uma fragilidade esquecida, uma realidade fingida.

Já minha alma, esta estava sedenta.
Das mais belas palavras, gestos, carinhos e cuidados.
Sedenta de um fato inventado, de mais uma mentira orquestrada pela minha louca vontade de ser feliz.

Querendo beber pelo corpo o que afogaria a alma.
Asfixiar meus fantasmas mais ocultos, no mais excessivo beijo.

Minha sede, de conhecimento próprio, me traiu.
Me fez cometer o mais perigoso dos crimes.
Entreguei meu manual secreto.
Quis me conhecer, me mostrando a você.

Nem me permito ser a mesma que me mostrei,
Tampouco me deixo ser relida.

Manterei meu guarda-chuva FECHADO a espera da tempestade!

“Mas há males na vida que vem para o bem"

Nenhum comentário:

Postar um comentário