segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Teus 50 anos


Eu sempre entalo com minhas próprias mágoas
Me esforço para jogá-las para fora de mim.
Cresço, amadureço, acho que dessa vez consigo,
Vejo que essa tentativa é em vão!

Amo, amo muito.
De verdade, com todo meu coração.
Mas sempre volto, cutuco aquela ferida.
Bebo aquele gosto amargo, só para não esquecer!

Corro do amor, corro das lembranças.
Corro desse relacionamento de amor e ódio que nos obrigamos a ter.
Pai!
O que deveria cuidar, amar, proteger.
- Tive que reinventar o significado! -

Apelei pro destino, cresci dez anos em cinco.
Fui forte, ajudei os que não souberam reinventar.
Fizemos-nos um só – três em um!
Esqueci quem era o vilão e o herói na minha história.

Encarei todos os personagens, vivi com sua ausência tão próxima.
Com tua imagem tão real – Quase acreditei que você esteve lá!
Quase aprendi a ser filha – mas tive que ser pai.
Meu pai e pai deles.

Hoje quando te vejo, e faço isso com mais freqüência do que o passado te permitiu fazer,
Percebo que foi você quem mais perdeu.
Ainda assim, ainda que sem palavras ditas, eu te perdôo.
Deixo para traz todas as tuas falsas prioridades.

Perdôo a tua infantilidade tardia, as benfeitorias aos outros!
Tua imaturidade tão egoísta.
E assim, te recebo em meu mundo.
Sendo eu, a mais pura eu!

E que hoje, vestido no mais belo dos teus 50 anos,
O que mais te desejo é que nunca te falte tempo para recomeçar!
Que nunca tenhas vergonha de ser pai, filho e amigo!
Parabéns!

"Por onde andei? Enquanto você me procurava"

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