Eu não lembraria sozinha,
Mas hoje fazem 18 anos que você me deixou.
Aí que raiva!
Raiva da saudade que eu sinto, da falta que você me faz.
Da lágrima que se joga sempre que eu penso em você.
Que dia ruim de lembrar,
Que aperto na minha alma.
Queria que todos os momentos tivessem sido ruins,
Queria nunca ter ouvido você me contar histórias.
Queria que as conquistas da minha infância tivessem sido menos comemoradas,
Que meu dom de ser desastrada tivesse te irritado ao menos uma vez.
Que as tardes de brincadeiras intensas tivessem tido um segundo de desentendimento.
Que saudade.
Saudade por ter sido você o meu pai quando eu tanto precisei ter um.
Por teres segurado a minha mão e me ensinado a pintar as tarefinhas,
Saudade de te ver deitado ouvindo atento ao jogo do vasco,
Dos bolinhos de inhame e toda paciência que vinha com eles.
Saudade de te ter como referência.
Tivemos tão pouco tempo, que injusto!
Passaria horas te ouvindo, te cuidando.
Mas não pude, não deu tempo.
Obrigada vozinho pela infância maravilhosa que tive perto de você!
“Naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim”
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