sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tenho Marcas.

Do tempo, da luta, da fuga.
Tenho marcas do sangue, do DNA, da alma.

Tenho as marcas que eu quis marcar em mim, tenho três.
Tenho meus três amores, amigos, companheiros, que costumo chamar de irmãos.
Minhas ESTRELAS, muitas vezes tortas, muitas vezes guias.

Tenho em mim a paixão pela música, mesmo tendo o peito dos desafinados.
A minha CLAVE afinada, somada ao meu SOL radiante. Meu pai e minha mãe.

Tenho o meu ardor, o ápice da mudança menina X mulher.
O grande encontro comigo, a quebra dos meus preconceitos.
A PIMENTA vermelha, como se ela pudesse me expulsar de mim.

(...)

Não estava me sentindo leve o suficiente para escrever aqui, nesse lugar tão meu.
Tive receio dos meus sentimentos, sempre tão expostos, gerarem expectativas ou coisas do tipo.
As pessoas têm mania de querer interpretar além do que se lê.
E o que eu quero dizer, é exatamente o que eu digo, sem entrelinhas.

Eu ouvi mais uma vez o som do coração.
Aquele descompassado que me faz querer ser, ao menos por um dia, poeta.
Só para conseguir escrever algo que rime com tamanho descompasso.

Sinto vontade de sambar, só para rimar.
Mas meu ritmo sempre foi a Bossa, a mais nova Bossa.
Faço um Samba com a Bossa, fecho bem os olhos, e me ponho a dançar.

Eita que coisa difícil de rimar.
Que história complicada de escrever.
Que sentimento arriscado de explicar.
Vou me calar.

Mais uma marca, mais um pedaço de exposição.
Mais um texto confuso.

“Bem no compasso, bem junto ao passo”

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